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No mês de março foi realizado o curso: “Uso de SIG para estudo e mitigação de riscos naturais e tecnológicos”, na região do Vale do Ribeira. Contou com a participação de profissionais de universidades, centros de pesquisa, consultorias de diversos locais, órgãos públicos e de integrantes da Defesa Civil da região. A AMAVALES - Associação dos Mineradores de Areia do Vale do Ribeira e Baixada Santista foi umas das responsáveis pela organização do curso, juntamente com o CBH-RB – Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul e o FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos.

O curso foi gratuito e teve como objetivo desenvolver os profissionais atuantes em Defesa Civil nas habilidades de estudo e mitigação de riscos naturais e tecnológicos, contribuindo para a formação dos agentes de proteção da Defesa Civil e técnicos das prefeituras municipais. Para o geólogo e representante da AMAVALES, Pablo de Andrés Fernandes, o curso envolveu os profissionais na utilização do software GVSIG para o Gerenciamento de Informações Geográficas. “Trata-se de um programa de uso livre e que está sendo utilizado por instituições de vários países, inclusive pelas Nações Unidas. Importante ressaltar que, como diz o nome do curso, não se trata somente de mitigar os riscos naturais, mas também os riscos tecnológicos. Neste se enquadram ameaças como poluição atmosférica, rompimento de barragens, etc.”

A ideia do curso foi exemplificar, através das ações na área de riscos ambientais monitoradas pela Defesa Civil além de mostrar o que e já vem sendo feito pelo Comitê da Bacia em parceria com a AMAVALES desde 2006 como os seguintes Projetos: Levantamento e monitoramento de áreas de risco na UGRHI-11 – Mapa das Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo e apoio à Defesa Civil – RB - 145 (desenvolvido entre os anos de 2010 a 2012); Apoio aos municípios da UGRHI-11 para planos preventivos de defesa civil fase I RB 175 e fase II RB 199 (realizado entre 2012 a 2014); Compatibilização do Levantamento de Riscos Naturais e Metodologia dos Planos de Defesa Civil da UGRHI-11 à Legislação Federal e Estadual-RB 273 (com conclusão para junho de 2016); Uso de SIG para estudo e mitigação de riscos naturais e tecnológicos-RB 276 (desenvolvido em março de 2016); e Apoio aos municípios da UGRHI – 11 para planos preventivos de defesa civil – Fase III – RB 274 que será elaborado em maio de 2016.

Foto: Luana Lopes - Participantes visualizando a segunda área de risco

Engenheira Ambiental e pós-graduada em Defesa Civil, Kathleen Gomes da Silva Chaves, participou do curso e comentou que será importante para os trabalhos desenvolvidos na região de Registro. “Agora com o curso, podemos melhorar o monitoramento das áreas e ajudar no trabalho da Defesa Civil. Primeiro devemos prevenir para que o acidente não aconteça, estudar a área e caso identifique o problema, elaborar um projeto e ter o apoio do Estado para diminuir os riscos e não ter acidentes com a chuva, levando em consideração o grande índice de enchentes nos municípios. Outra questão: o papel da prefeitura é importante para fazer essa análise da área de risco, ter uma administração municipal que possa ter projetos e políticas de habitação. O trabalho da Defesa Civil não é só na hora que acontece o acidente e sim para ajudar a prevenir e trabalhar em conjunto”.

O curso disponibilizou um material com vídeos sobre o uso do SIG, cartografia e GPS (nivelamento em cartografia com GPS e SIG básico para geoprocessamento) e o vídeo sobre a mitigação de riscos naturais e tecnológicos (introdução ao gerenciamento de áreas de risco, tipologia de processos hidrológicos e geológicos e utilização de mapas de suscetibilidade), juntamente com um relatório de situação e plano diretor de recursos hídricos, GeoCap – Sistema de gerenciamento de acidentes automotivos com cargas perigosas e levantamento e monitoramento de áreas de riscos naturais.

Para finalizar, os organizadores agradeceram a presença de todos e comentaram sobre os demais cursos que serão realizados.